NOVA TECNOLOGIA PARA PRODUTORES DE CANA-DE AÇÚCAR

A cultura da cana-de-açúcar e responsável por 65% do açúcar mundial. Em Sergipe, uma pesquisa está sendo desenvolvida sobre a produção de mudas de cana-de-açúcar pelo doutor em Biotecnologia, Ricardo Manoel dos Santos. A meta é introduzir uma nova tecnologia para os produtores de cana-de-açúcar.

A pesquisa está sendo desenvolvida na Biofábrica de Mudas Vegetais do SergipeTec e o objetivo é produzir um jardim clonal na Universidade Federal de Sergipe. “O objetivo é desenvolver um protocolo que é uma receita de bolo na multiplicação de variedades de cana-de-açúcar e tipos de cana-de-açúcar que foram lançadas no melhoramento genético mais recente pelo Programa de Melhoramento Genético de Alagoas”, explica Ricardo Manoel.

Segundo o pesquisador Ricardo Manoel, no laboratório da Biofábrica é multiplicado o material vindo de Alagoas para que seja usado pela população local. “Primeiro será feito um jardim clonal na UFS para manter as mudas de cana-de-açúcar. A intenção é que Sergipe seja capacitado para a multiplicação desse material in vitro que tem uma taxa maior de produção do que no campo”.

Ricardo Manoel explica que o estado possui duas variedades de mudas de cana-de-açúcar que possuem alta taxa de multiplicação. Segundo o pesquisador, na literatura os livros apontam que uma taxa de multiplicação de 1 a 8 plantas, ou seja, uma planta gera cerca de oito plantas.

“Nós temos plantas no laboratório que de uma planta gera 24 plantas, então é um número bem superior. Isso faz com que você tenha um número maior de mudas para oferecer aos produtores em um prazo mais curto”, pontua o pesquisador.

Acesso para o produtor

Segundo Ricardo Manoel, tais investimentos aplicados no setor sucroalcooleiro fazem com que novas variedades de cana-de-açúcar sejam lançadas frequentemente no mercado. A meta é que o agricultor possa ter acesso a essa inovação. “A Biofábrica cedeu algumas mudas de abacaxi e banana. Antigamente, dependendo do intuito se fosse para pequeno produtor tem essa meta, mas pode ser que exista a distribuição de mudas para o produtor no futuro”, afirma.

 

ETANOL BRASILEIRO AINDA É O QUE TEM CUSTO MENOR

O Brasil continua a ter o menor custo de produção de etanol em grande escala do mundo, segundo a Agência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad). Enquanto o custo é de cerca de US$ 0,18 por litro no Brasil, em países desenvolvidos pode variar de US$ 0,20 a US$ 1,38. O valor vai de US$ 0,28 a US$ 0,46 por litro na China e chega a US$ 0,44 na Índia.

“O custo de produção no Brasil e em outros países em desenvolvimento é bem mais baixo do que nos países da OCDE (desenvolvidos) e muito próximo do preço internacional do petróleo”, diz a agência da ONU em relatório sobre o mercado global do biocombustível. Segundo a Unctad, o etanol agora representa 1% do uso global de energia, em um contexto marcado pelo uso de tecnologia de segunda geração, preocupações sobre as mudanças climáticas e pressões econômicas desenhando o futuro desse segmento.

Nos últimos anos, os EUA se tornaram o maior país produtor de etanol do mundo, em parte por causa da redução da oferta do biocombustível feito a partir da cana no Brasil. A agência projeta avanço de 70% da produção global até 2022. Nesse horizonte, os três maiores serão os Estados Unidos, com fatia de 48%, o Brasil (28%) e a União Europeia (7%).

O comércio de etanol também tende a crescer, em boa parte no fluxo entre EUA e Brasil. Os americanos poderão importar 14,6 bilhões de litros de etanol, sobretudo do Brasil, até 2022. Ao mesmo tempo, tendem a ampliar suas exportações de etanol feito com o milho para 6,6 bilhões de litros no mesmo período.

ESTIAGEM E QUEIMADAS PREJUDICAM PRODUTIVIDADE DE CANAVIAIS EM SP

A colheita da cana está chegando ao fim em várias regiões de São Paulo. A estiagem reduziu o tempo de duração da safra. Os agricultores também enfrentaram o problema das queimadas fora de hora.

O trabalho de moagem está terminando com balanço negativo na usina em Pitangueiras, no nordeste do estado. A expectativa era chegar a 2,7 milhões de toneladas de cana. Mas a colheita será menor do que o previsto. A estiagem prolongada quebrou a safra e um reflexo da seca agravou ainda mais a situação. As queimadas destruíram vários canaviais da empresa.

As usinas do estado já colhem 85% da produção com máquinas e só usam o fogo para o corte da cana feito por trabalhadores. Segundo a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (UNICA), desde o início da safra São Paulo registrou quase três mil focos de queimadas em canaviais, com aumento de 140% em relação ao mesmo período do ano passado.

Muitos incêndios aconteceram em canaviais que ainda não estavam em ponto de corte. Cinco por cento da área plantada no estado pegou fogo antes da cana atingir a maturação ideal para o corte. Os incêndios e a estiagem causaram queda de 15% na produtividade no campo. As usinas estão colhendo uma média de 71 toneladas por hectares.

“A cana ainda tinha um potencial de aumento da produtividade agrícola. Em muitas das áreas que foram colhidas, se a cana permanecesse para colher no ponto certo, teria no mínimo mais nove toneladas a mais. Isso trouxe um prejuízo adicional da ordem de R$ 1,7 mil por hectare/litro”, calcula Antônio de Pádua Rodrigues, diretor técnico da ÚNICA.

A colheita da cana em São Paulo deve estar totalmente concluída em novembro. Segundo a UNICA, entidade que representa as usinas, a quebra deve chegar a 40 milhões de toneladas.

Fonte: G1

PORTO DE SANTOS REGISTRA QUEDA NA MOVIMENTAÇÃO DE AÇÚCAR E ETANOL

Apesar do mês de julho deste ano, ter atingido um movimento de 10.081.424 toneladas, o segundo maior movimento para o mês, as exportações e importações diminuíram 2% e 7,5%, respectivamente. O açúcar e o etanol contribuíram diretamente para essa marca nas exportações, já que o Porto registrou queda de 12,1% na movimentação de açúcar e 61,4% na de álcool (61,4%), sem contar na redução de 24% na movimentação de milho. A queda nas descargas de adubo (40,9%), minério de ferro (72,1%) e gás liquefeito de petróleo (31,9%) foram determinantes para a redução nas importações. Os dados foram divulgados pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp).

No total acumulado relativo ao fluxo de exportação, o açúcar, segundo maior movimento acumula 8.960.211 t escoadas, menos 14,3% do efetivado nesse período do ano passado.

Via: Jornal Cana

PREÇOS DO AÇÚCAR FECHAM MISTOS DENTRO E FORA DO BRASIL

Na bolsa de Nova York, a commodity fechou em alta em quase todos os vencimentos, exceto na primeira tela, com o vencimento outubro/14, que teve leve retração de 3 pontos e negócios firmados em 16,02 centavos de dólar por libra-peso.

Em Londres, o açúcar valorizou em todos os vencimentos. Nos contratos para outubro/14, a commodity foi negociada a US$ 432,60 a tonelada, alta de 20 centavos de dólar no comparativo com a véspera. Nos demais vencimentos o açúcar valorizou de US$ 0,90 a US$ 2,60.

Mercado interno em baixa
O mercado doméstico do açúcar, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq), da USP, teve baixa de 0,63% nas cotações do açúcar cristal, e negócios firmados em R$ 45,39 a saca de 50 quilos.

Etanol
O etanol hidratado foi comercializado ontem (13) em R$ 1.138,00 o metro cúbico, de acordo com os índices da Esalq/BVMF, uma valorização de 0,49% no comparativo com os preços praticados na terça-feira.

USINAS SUPERAM DIFICULDADES E SE DESTACAM POR DESEMPENHO

Agronegócio impulsiona economia brasileira e setor integra lista das maiores empresas do país.

Números do IBGE — Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística apontam que o PIB — Produto Interno Bruto cresceu 2,3% em 2013, 1% mais que no ano anterior. O setor agrícola foi o que mais cresceu, com alta de 7%, maior valor desde 1996.
O setor sucroenergético, que desde 2008 passa por uma crise que paralisou a moagem de 65 usinas — de acordo com pesquisa do Anuário da Cana —, mantém sua força. Prova disto, é o número de usinas e grupos produtores de todo o Brasil mencionadas na lista das 400 maiores do agronegócio, publicada na edição
“Melhores & Maiores” da revista Exame.
Com base nos dados, a ProCana Estatísticas elaborou um comparativo elencando os destaques em vendas, crescimento, lucro ajustado e rentabilidade no ano safra 2013.

Via: Jornalcana